segunda-feira, agosto 08, 2011

Sobre oque foi dito

Não tem um jeito fácil de dizer. Algumas coisas não tem jeito, mas precisam ser colocadas pra fora. Não importa como: se não saírem explodem dentro de nós. Mas depois que saem, não explodem de qualquer jeito? Não tem saída: se saem explodem porque ao sair machuca e a gente nunca sabe se a coisa não vai ficar pior. Se não sair explode porque ninguém aguenta segurar tanto sentimento contraditório. Ninguém aguenta segurar uma barra sozinho sem que uma hora o grito saia. Veja bem, não quero ser dura nem nada. Não quero te cobrar. Não tenho intenção de forçar barra alguma, apenas me fere muito esse seu desconhecimento sobre qualquer sentimento à meu respeito. Não digo que te amo porque quero que você fique. Entenda que eu não quero. Eu nunca quis. Mas você voltou de um jeito inesperado e eu não soube oque fazer com todo o resto que eu tinha enterrado, mas que você trouxe junto. Enquanto uma mão afagava teus cabelos pra tirar sua dor a outra tratava de afagar os meus, pra tirar a dor que sua dor me causava. Ficava contigo pela madrugada pra te consolar e chegava em casa com o coração destroçado por não aguentar te ver sofrer por ela. E aí, quem cuidava de mim? Não pensa que estou cobrando a amizade que te dei, não pensa nunca. Apenas me feriu seu distanciamento, depois. Me fere muito essa distancia que sobra depois que te curo da dor e volto pra casa com a minha ainda gritando. Não sei se fiz bem te deixando saber tudo oque estava se passando nesses dias. Penso que você voltou por algum motivo, como se já tivesse escrito pra ser assim, depois de tanto tempo. Mas depois o presente não se modifica e você só faz se afastar. Não te vejo desde que despejei tudo que nunca deve ser dito por ninguém - as pessoas hoje em dia não sabem lidar com isso. Somos completos juntos, mas não pra ficar juntos. Aí penso que algumas coisas nascem pra serem sentidas, jamais pra serem vividas. Mas se são sentidas, não é uma forma de serem vividas?

A Outra - Los Hermanos

Paz, eu quero paz
Já me cansei de ser a última a saber de ti
Se todo mundo sabe quem te faz chegar mais tarde
Eu já cansei de imaginar você com ela
Diz pra mim
Se vale a pena amor
A gente ria tanto desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto
E agora eu já não sei mais

Eu quero paz
Quero dançar com outro par
Pra variar amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se dessa vez ela é
Senhora desse amor
Pois vá embora por favor
Que não demora pra essa dor
Sangrar.

domingo, julho 24, 2011

Se eu pudesse, te diria tanta coisa. Colocaria tudo pra fora e acabaria de vez com esse nó no estomago que me dá toda vez que penso que posso te perder, acabaria de vez com essa sensação de segundo plano, substituta. Você chega e eu tenho vontade de te abraçar e dizer tanta, tanta coisa. Mas eu só te dou colo e ouço calada você falar sobre como era feliz com ela, como ela te conhecia bem e como vocês entendiam o humor um do outro. E fico me perguntando porque eu faço isso comigo. Porque eu fico ali escutando do único cara que eu já consegui amar na vida o quanto ele sente falta de outra. Meu coração fica pequenininho mas eu continuo. Continuo porque meu coração ficaria ainda menor se eu te deixasse sofrer sozinho, então eu sofro junto. Mas você não sabe como é difícil voltar pra casa todos os dias com o coração na mão, rezando pra que você, em algum momento, olhe pro lado. Olhe pra mim. Com medo de te perder pra alguma outra que não se importe tanto. Com medo de não poder mais sentir seu cheiro e seu abraço. Com medo de te perder, outra vez.

sexta-feira, julho 08, 2011

Cara estranho - Los Hermanos

Olha só, que cara estranho que chegou
Parece não achar lugar
No corpo em que Deus lhe encarnou
Tropeça a cada quarteirão
Não mede a força que já tem
Exibe à frente o coração
Que não divide com ninguém
Tem tudo sempre às suas mãos
Mas leva a cruz um pouco além
Talhando feito um artesão
A imagem de um rapaz de bem

Olha ali, quem tá pedindo aprovação
Não sabe nem pra onde ir
Se alguém não aponta a direção
Periga nunca se encontrar
Será que ele vai perceber?
Que foge sempre do lugar
Deixando o ódio se esconder
Talvez se nunca mais tentar
Viver o cara da TV
Que vence a briga sem suar
E ganha aplausos sem querer

Faz parte desse jogo
Dizer ao mundo todo
Que só conhece o seu quinhão ruim
É simples desse jeito
Quando se encolhe o peito
E finge não haver competição
É a solução de quem não quer
Perder aquilo que já tem
E fecha a mão pro que há de vir.

sexta-feira, maio 20, 2011

Olhando pra trás

Uma vontade tão grande de me aproximar, de voltar pra menina que eu era quando te conheci. Vontade de esticar o braço lá pra trás pra trazer de voltar a nossa hostória. Se é que eu posso chamar de "história". Vontade de voltar lá pra trás pra contar pra aquela menina que ela queria ficar com você. Porque eu quero. Eu só não sabia disso antes. Eu diria pra ela que você é lindo, que essa mania que ela tem de te ver como amigo, é bobagem. Diria que eu te encontrei a uns dias e que você está a coisa mais linda do mundo. Diria pra ela parar com isso de não te dar importancia e deixar de lado aquele garoto bobo que ela acha que é um principe. Diria que eu encontrei esse garoto bobo e que ele continua o mesmo bobo, anos depois e ele ainda é só um garoto que se dá importancia demais. Eu daria um chacoalhão nela e faria ela fazer a história valer a pena, pra que, no futuro -agora!!- a gente possa estar juntos! Eu pediria de joelhos, porque sei o quanto ela é teimosa, pra que ela acorde pra vida enquanto ainda tem tempo. Alertaria que depois, lá no futuro, ela vai se arrepender caso deixe passar em braco. Juro, se eu pudesse, eu volaria lá atrás só pra te dar importancia. Só pra tentar continuar essa história que teve começo, um começo bem desajeitado, mas um começo. Mas menina é boba, não é? Menina sonha demais e não olha pros lados. Deixa passar, deixa pra lá.

segunda-feira, maio 16, 2011

Planejar

Mas as coisas nem sempre saem como planejamos, ou então você ainda estaria aqui comigo. Planejar não é garantia de que vá dar certo, é só um jeito que as pessoas arrumam pra se proteger do inesperado. É só um jeito de perder uma boa parte do tempo que se tem.

quarta-feira, maio 11, 2011

>> Caio Fernando Abreu, autor.

Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.

quarta-feira, abril 20, 2011

O vazio

Era uma gatinha, por volta dos meus 8 anos, estava sentada no muro de casa com algumas amigas em volta. Todas rindo, brincando. Bárbara dizia que demorou horas pra sua mãe conseguir trançar seu cabelo todo, estava com muitas trancinhas, bem finininhas. Ela adorava. Fernanda ria porque achava besteira, era a mais bonita do grupo e tinha cabelos longos, bem lisinhos. Aí veio o vazio. Essa é a primeira vez que me lembro de ter sentido o vazio. Aconteceu antes, mas não me lembro exatamente, a primeira vez que gravei na memória foi esta. Estava com minhas amigas mas meu coração gritava que ali não era meu lugar. Não é nó no peito, angustia, nada. É só um vazio que eu nunca entendi de onde vinha. Chegava do nada, nas mais diversas situações. Depois, já era uma mocinha e o vazio continuava aparecendo. As vezes que mais me atormentava era quando ele aparecia quando eu estava com meus pais. Caramba, eu tô com meus pais, como posso sentir esse vazio? Essa sensação de que não estou onde deveria. Que não é o meu lugar. Continuei sem entender. Alias, continuo. Até hoje essa sensação vem forte. Vem derepente. Não sei qual é meu lugar. Como se encontra quando não sabemos o que procurar?

sexta-feira, abril 01, 2011

Carta pra alguém que passou

Se você estiver lendo isso significa que nunca mais vamos nos ver. Garanti que só chegaria aos seus olhos quando com toda a certeza nosso encontro ou qualquer tentativa de aproximação fosse impossível. Não porque não quero te ver, mas porque quero demais. Contraditório, não? Mas sei que não é surpresa pra você. Bom, vamos lá. Tem alguma coisas que ficaram engasgadas e eu preciso que você saiba, mesmo que agora já não altere nada entre nós. Quem sabe traga compreensão. Ou mais mágoa, talvez. O fato é que desde o princípio não fomos compatível. E desde o início nos conhecíamos muito bem. Você me conhecia muito bem, na verdade. Me parece que ficou mais estranho agora. E ficou. Agora percebe a confusão que estava minha cabeça? Total incompatibilidade com total conhecimento. Sabíamos exatamente o que o outro queria, pensava, mentia. Só nunca conseguimos saber o que o outro sentia. Ou sim? Confesso que me perdi quando te conheci, e me conheci quando te perdi. Foi a história mais louca que eu já vivi ainda que a mais curta. Não sei se marcou pra você, não sei se teve relevancia ou se está esquecida em um canto qualquer. Mas sinto que ainda pensa em mim. Espero que pense, pois eu nunca deixei de pensar. Você me fez um mau danado e me fez mais mulher, mais madura, mais dura. Te agradeço por isso. Nunca soube porque entrei nessa história, à princípio você não me agradou em nada. As coisas foram acontecendo e eu fui indo junto, pela primeira vez. Você é um homem bom de péssimo carater. Espero que um dia isso se ajeite. Você ainda vai descobrir o mal que faz mentir a quem se quer bem. Machuca e não é coisa pouca. Nunca consegui mentir pra você. Você nunca conseguiu falar a verdade pra mim. Ou você realmente me adorava? Não te procurei depois daquela conversa em que colocamos um ponto final que foi seguido de várias reticencias. Mas esperei que você me procurasse, todos os dias. Você também não fez. Espero que não tenha sido por falta de vontade. Só queria que você soubesse que não guardei mágoa alguma. Mas não foi por falta de tentativa, eu apenas não consegui. E deveria. Não vou dizer que desejo que você encontre alguém e seja feliz. Porque eu não desejo. Me arrasou tudo que fui sabendo sobre você, depois do fim. Eu quis demais te fazer feliz, quis ser sua menina, quis te dar colo mais vezes pra sempre. Depois, tanto tempo, tantas coisas. Me fez mal perceber que tudo que restou foi pena. Eu gostaria de ter ido embora antes de descobrir que você é só um homem muito patético. Fique bem, porque agora eu estou incrívelmente melhor. Ah, caso queira saber, estou mais linda do que nunca.

domingo, março 13, 2011

Amor desconhecido

Eu diria que não estava esperando, mas não seria totalmente verdade. Eu passei dias apaixonada por você mesmo sem te conhecer. Não sabia que você existia e nem que rosto tinha. Não sabia seu nome e nem se você apareceria. Mas eu te amava, te amava tanto. Você pode não acreditar, nem eu sei se acredito, é louco demais. Você apareceu tão de repende que eu nem me toquei que era você. As coisas aconteceram e passaram. Até que sem mais nem menos, você não saia mais na minha cabeça. O jeito que você me olhou espantado, eu não esqueço. Ninguém nunca me olhou assim. Pode ser piração minha, mais uma. Claro que pode. Mas quer saber? Eu não tô nem aí. Você chegou do nada e me fez um bem enorme. Seu sorriso, seu abraço, seu beijo. Você! É a primeira vez que me apaixono e não grito aos quatro ventos. E não é por falta de vontade, porque toda vez que eu vejo seu sorriso lindo, minha maior vontade é gritar bem alto. Gritar o quanto eu tô feliz, o quanto você é lindo e o quanto eu quero você só pra mim. Mas eu só sorrio e continuo. Porque eu não posso. Não posso gostar de você, não posso sentir isso tudo que eu tô sentindo. É novo demais. É louco demais. Nem você entenderia. Aliás, você muito menos. Isso tudo nem deve passar pela sua cabeça. E tá sendo tão bom, que eu prefiro assim, te amar quietinha, de longe. Te olhar, te estudar, te cuidar. Faz muito tempo que não tenho esse sentimento. Esse gostar sem intenções, sem pressa. Apenas gostar. Gostar por gostar, gostar porque faz bem, gostar porque quero o bem. Só isso. Não é aquele gostar exagerado, controlador, apressado. É quase aquele amor que a gente tem na infância, sabe? Aquele amor puro que só conseguimos sentir quando ainda somos ingênuos o suficiente pra conseguir gostar de longe. Não sou ingênua e já deixei minha pureza pra trás a muito tempo, mas você conseguiu dispertar esse amor em mim, denovo. É como se pra eu estar bem só basta você estar bem. E tá tudo, tudo bem...

quinta-feira, março 03, 2011

Se conselho fosse bom...

Como diz o velho ditado: Se conselho fosse bom não se dava, se vendia. E é isso mesmo. É claro que quando estamos confusos, perdidos, ficamos loucos pra receber conselhos. Perguntamos a amigos, parentes, conhecidos, pro jornaleiro, apelamos até pra pai de santo se for preciso. Principalmente se a confusão for no coração. Amor. Aí que o bicho pega. Queremos saber de qualquer jeito a opnião do outro. Se acha que vai dar certo, se não. Se devemos fazer, se não. Deixamos qualquer um louco e damos uma importancia tremenda ao que ouvimos. E eu me pergunto: Por que? Por que damos tanta importancia ao que o outro diz, se o que ele acha também são só suposições? Ele também não sabe, está  na mesma que você ou até pior, porque a história é sua, quem deveria saber dela é você, ele só está vendo de fora e pode no máximo te dizer o que consegue ver. Mas, quem tem as respostas verdadeiras é você. Também sou louca por conselhos. Mas hoje, depois de muito tempo dando um valor tremendo ao que os outros acham, eu percebo que quem sempre teve a resposta era eu. Quando eu perguntava pra uma amiga: Você acha que ele volta? Eu devo ir atrás? Na verdade, eu sabia, eu sabia o tempo todo. Não pedimos conselho porque queremos a opnião do outro, pedimos porque já temos a resposta mas precisamos que alguém reafirme. Ou porque já temos a resposta, mas não a que queríamos, então perguntamos na esperança do outro nos dar uma resposta mais feliz. Mas isso também não serve de nada, porque a situação vai continuar a mesma, a única coisa que vai mudar é que com isso prolongamos mais uma história que não deveria ser prolongada. Perdemos de viver coisas legais porque estamos insistindo em uma coisa que só faz machucar. Acho que está na hora de arregaçar as mangas e ir a luta. Começar a enxerga as coisas como são e sem medo. Olhe pra situação e veja bem, se ali no fundo a resposta não for a que você quer, então talvez a situação não seja e não seria melhor mudar? Mas como eu disse, se conselho fosse bom, venderíamos...

terça-feira, março 01, 2011

Engano, me convenço

Eu não o amo mais, não espero pela sua volta e nem sofro. Passo o dia feliz e acordo tendo certeza de que sou linda e minha melhor companhia. Consigo convencer a todos de que ficar mais feliz é impossível, cheguei ao nível máximo de felicidade e amor próprio. Consigo me convencer também. E é tão fácil. É fácil porque eu realmente acredito nisso, não é forçado, eu realmente me acho linda, feliz e aprendi a gostar da minha companhia. Agora ela me agrada, não é como antes, quando eu tinha vontade de correr pra não ficar comigo. Cantarolo umas músicas que dizem que agora ele não é nada, porque, agora, eu também me convenci de que eu não o quero. E eu realmente não quero. Agora ele, que antes eu via como a melhor pessoa do mundo, lindo, inteligente, teimoso, charmoso... Agora, ele é só um cara muito otário que não sabe escolher uma mulher porque acha mais confortável ficar com essas garotinhas escrotas que ele acha por aí. E é isso, eu não quero um cara assim então eu não o quero. Fácil. Tudo indo muito bem. O dia continua lindo e eu continuo maravilhosa. Meus amigos continuam comigo e continuamos rindo de tudo. Fazendo piada de tudo. Comentando do gostoso da semana e da bolsa maravilhosa louis vuitton. A vida está melhor assim. Bem melhor agora que eu aprendi a me amar, me admirar, me aceitar. As coisas ficaram melhores quando eu combinei comigo que eu nunca mais iria me chamar de feia, ou me diminuir diante de algo que eu ache realmente incrível. Nunca mais. Foi uma promessa que fiz à mim e a um amigo que eu amo muito e eu estou muito empenhada em cumprir. Mas aí, apesar de eu estar ótima e ter certeza que não te quero, a noite chega a única coisa que eu desejo é deitar nos seus braços como sempre e ficar bem quietinha, ouvindo você respirar e desejando que a noite nunca mais acabe. Mas não, eu não te quero, não é?

domingo, fevereiro 27, 2011

Arrumando a bagunça

Quando alguma coisa não vai bem e temos que decidir por onde começar a arrumar a bagunça, sabemos exatamente o que precisa ser tirado do centro e posto pra fora. No fundo, nós sempre sabemos. Não adianta adiar, olhar pra outro canto esperando encontrar outra solução. Não vai funcionar. A coisa vai continuar ali, atrapalhando o funcionamento de todo o resto. Atrasando. Machucando. Temos tanto medo de nos livrar de algo que nos machuca, que preferimos ficar com a dor acomodada. Não sabemos lidar com a dor do desapego. Até se livrar de uma dor, trás dor. Porque estamos apegados em sofrer por aquilo, não conseguimos imaginar como seria não ter mais aquilo pra sofrer. Mas uma hora ou outra, temos que nos livrar. E é impressionante como parece bobo depois de um tempo. Se mecha, não fique aí parado acostumado com a dor. Não fique aí batendo palmas pro seu sofrimento achando que ele é uma parte de você. Porque ele não é.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

> Caio Fernando Abreu, autor

Andei também ruim do coração, meu ritmo cardíaco estava a mais de 200 pulsações por minuto. (...) Ando deprimido, agressivo, cansado — perdi uns cinco quilos: pareço um fantasma. (...) Se você soubesse como ando escuro, como ando perdido, como me distanciei de mim e das coisas em que acreditava. (...) Finjo o tempo todo, rio, sou alegre, dispersivo, com aquele brilho superficial e ridículo. E em cada fim de noite me sinto um lixo. Há tempos estou vivendo uma estória-deamor-impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não consigo me libertar, esquecer — estou completamente fixado nessa pessoa, vivo todas as horas do dia em função de encontrá-la, à noite. E insuportável. Sei que estou me autodestruindo. (...) Existe uma sede de amor impressionante. Estou sendo muito honesto ao te contar essas coisas, poderia facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir. Mas eu nunca quis ser gostado por aquilo que não sou ou aparento ser. (...) Sinto que cada vez mais tudo se fecha. Também não adianta pedir ajuda a ninguém, ninguém pode dar. Talvez isso passe, não sei quando, talvez seja só uma fase, das mais dificeis que atravessei, mas até passar estarei me desgastando, me consumindo. Tenho chegado a extremos que não me julgava capaz. E como isso dói. (...) Estou muito confuso, muito distraído. Pressinto muito próximo o fim de alguma coisa que não sei especificar qual seja. Mas não se preocupe muito comigo, não vale a pena. Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraco para entrar. Não faço planos, não sei o que vai acontecer amanhã.

domingo, fevereiro 20, 2011

Quem você era?

Esses dias, numa conversa qualquer com um amigo, entre uma risada e outra ele me olhou bem sério e perguntou: Quem você era? Me pegou despevinida. Como quem eu era? Eu era eu, oras. Não, você não era o que é você. Essa que está na minha frente nasceu depois. Quem você era? Ah... Era ingênua e acreditava em todo mundo. Gostava de correr na chuva e não me importava se estavam olhando. Subia em árvores e depois morria de medo de descer. Chorava quando dava vontade e ria na mesma intensidade, não precisava de motivos e nem de lugar, só precisava ter vontade. Corria pros braços da minha mãe quando sentia medo, e não tinha vergonha. Quando descobria que estava gostando de algum garoto, corria contar pra ele, e não me importava com o que ele poderia pensar ou dizer. Cantava bem alto mesmo sabendo que minha voz é horrível. Dançava igual louca mesmo sabendo que sou péssima dançarina... Meu amigo não sabe, mas me deixou com um vazio enorme depois que respondi. Eu vivia! Por isso era tudo tão simples. Não era por eu ser criança que tudo era fácil. Tudo era fácil porque eu era fácil. Depois de um tempo vamos nos fechando. A coisa parece que anda pra trás, começa a desacontecer. Parece que esquecemos em um canto qualquer aquela pessoa mais sábia que existia dentro d enós e nos tornamos isso. Robôs. Somos programado pra fazer joguinhos. Pra agir conforme o que esperam de nós. Não falamos um "Eu te amo" quando sentimos vontade. Não corremos pro colo da mãe quando sentimos medo. Não cantamos bem alto porque as pessoas vão olhar. Não corremos na chuva porque, afinal, não somos criança. Essa conversa me devolveu à mim. Me devolveu à aquela garotinha que não tinha medo, nem dúvidas. Esse negócio de agir com a razão não está com nada, francamente. Viva o momento. Abrace quando sentir vontade. Grite quando sentir que não cabe mais em você. Fique, quando perceber que qualquer lugar melhor que aquele, ainda não chega aos pés. Não espere ter razões pra ficar, pra amar, pra abraçar. Não espere porque talvez essas razões nunca apareçam. Não espere. Mesmo que depois pareça errado, mesmo que a pessoa que não sinta o mesmo. Mas o que você sente, isso sim importa. Pode não importar pros outros, mas é o que importa - deveria - pra você.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

O fato de você ir embora

Não sei o que foi. Talvez seu sorriso que me fazia esquecer todos os rastros. Pode ter sido o seu abraço, que me fazia achar que nada no mundo valia mais que aqueles segundos em que eu era sua. Quem sabe não foi o seu jeito de não dar a mínima pra mim mas morrer de ciúmes e me encher de perguntas. Sua mania de me criticar em tudo e terminar dizendo "você é chata mesmo. mas é linda também e eu gosto de você.."
Você segurou minha mão e me fez ter certeza de que sempre estaria ali. Não sei porque tive essa certeza, afinal, eram só alguns dias. Mas eu tive. E aí você foi embora. Você simplesmente foi embora. Acho que foi isso. Você ir embora! Acho que foi isso, no fundo, que me fez te amar cada dia mais apesar de toda a raiva que trouxe. Raiva que nunca conseguiu viver por mais de alguns minutos. Raiva essa que eu tento ter, mas que quando chega só olha pra mim com uma boa gargalhada e pergunta "você acha mesmo que vai conseguir? acha? que estúpida.."

E desde que você se foi eu fico triste, eu fico muito triste. Mas também não sei se é isso. Machuca tanto que eu não sei se é tristeza. É mais cara de vazio. Tristeza ocupa lugar e todos os meus lugares estão vazios. Não tem mais nada. A vontade de chorar vem junto com um desespero sem lágrimas. E eu me pergunto que raios eu to fazendo que não te tiro logo de mim. Mas aí eu me lembro que não tem como tirar, porque eu nem sei em que canto você está. E eu tenho vontade de me jogar num canto e ficar lá, até eu me esquecer o motivo que me fez ir pra lá. Porque pior que sofrer por alguém que foi embora, é sofrer por alguém que foi embora e não sofre a mínima com isso.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

"Posso até sair de bar em bar, falar besteira e me enganar. Com qualquer um deitar a noite inteira: eu vou te amar." Chico Buarque

Eu não espero mais pela sua volta e sinceramente já não sei se quero. Sinto saudades, não nego. Me faz falta o seu abraço e te dar colo. Suas crises, seus ciúmes nunca assumidos. Você se foi mas continua a fazer parte de mim, dos meus dias. Eu nunca deixo de pensar em você e se você está bem. Você continua comigo mesmo depois de ter se esquecido de que um dia esteve aqui. Você está comigo quando eu acordo e me lembro do dia em que acordei nos seus braços. Você está comigo quando eu tomo banho e me lembro do dia em que você gritou "Pode vir, eu já tomei..". Você está comigo quando eu vou comer alguma coisa e me lembro de você dizendo "Alá, não come nada.. Aposto que não vai terminar.". Você está comigo quando eu me machuco e lembro de você rindo porque me achava atrapalhada demais. Você está comigo quando eu tento abrir um pote de doce de leite e não consigo, e penso que você estivesse aqui, você abriria, olharia pra mim com aquela risadinha e me chamaria de fraquinha. Você está comigo em cada momento, mesmo depois de ter ido embora e se entregado aos braços de outra. Eu sinto falta de cada pedaço seu, de cada palavra, de cada briga. E por mais que eu não te queira de volta, eu te espero todos os dias.

sábado, fevereiro 12, 2011

(...) Na lembrança, o teu perfume certo. Sempre vem com o vento. Na memória já enlouquecida, apenas um sorriso que você deixou. Mas por que apareceu na minha vida? Se eu estava em paz quando você chegou. Sentimentos que vou guardando só pra mim... Enquanto isso espero você voltar. - Pensamentos - Jeito Moleque

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Anos sofrendo por cada fim. Chorando por cada pedacinho do meu coração que tinha sido esmagado por um cara que jurou cuidar dele. Perdendo meus preciosos quilos porque eu não sabia o que tanto fazia de errado. Deixando amigos porque ficar em casa chorando e fuçando a vida dele inteira me parecia mais vantajoso. Perdendo possibilidades porque a única chance de ser feliz era ele, e ele não me queria, então eu também não me queria. Eu quero tudo que ele quer, e não faço parte disso. Então, me jogo no canto. Tanto tempo me deixando pra depois porque queria o amor de cada canalha que não soube valorizar, pra descobrir que tudo daria certo quando eu finalmente parasse de me deixar de canto. Não tem complicação nenhuma não. Nem formulas mágicas. Eu só precisei me amar. Me cuidar. Me querer. E pronto.. Quando a gente passa a se amar o sofrimento é muito menor. Acredite! Quando você passa a se gostar, não é qualquer babaca que te decepciona que vai conseguir quebrar seu coração. Você vai se decepcionar, disso não tenho dúvidas. Mas você vai conseguir enxergar que o problema é todo dele. Quem está perdendo uma mulher linda, inteligente, bacana.. é ele! No começo foi difícil me amar, confesso. Eu amava tanto o sorriso dele, o ombro dele, os braços dele, a vida dele. A minha, eu, perto disso tudo, era coisa pouca. Mas o espanto é grande quando a gente passa a ver como realmente é: ele é só um cara. Sorriso lindo, ombro largo, braços fortes e vida boa.. Isso qualquer cara por aí tem. Mas uma coisa ele não tem, e isso, é o que mais me dá pena agora: Eu! Aquela mulher que largava tudo por ele, linda, fiél e que ria de qualquer piada boba. Ah, meu bem, isso ele não tem nunca mais.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Aprendi com você que não se deve desistir do amor. Você me ensinou que quando amamos, não importa se a pessoa nos ama ou não. Se a pessoa nos quer por perto ou não. Nós apenas devemos amar e estar por perto. Você me amou incondicionalmente e esteve por perto mesmo quando eu te dizia que não iria valer a pena. Você estendeu a mão cada vez que eu cai. Me aconselhou quando eu estava chorando por outra pessoa, e mesmo com o coração pequenininho, me disse que tudo daria certo. Foi você! Você me ensinou que amor não deve esperar ser amado, compreendido e querido. Amor só se deve amar. Enquanto o amor existir. Enquanto o amor aguentar. Então, meu amor, não peça pra desistir de você quando você me ensinou que isso, isso não se faz.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Era uma daquelas histórias em que já no começo eu estava com os dois pés atrás. Sabe quando é perfeito demais? Então. Os dois pés atrás, as anteninhas ligadas, o coração cheio de correntes e o ouvido na defensiva. Me armei inteira pra não deixar que você me iludisse, como o Zézinho-sem-coração fez, como o João-não-me-liga fez. Como inúmeros outros fizeram. Me protegi tanto que não deixei você se mostrar de verdade. Me protegi tanto que não me deixei te enxergar de verdade. Me protegi tanto, que fiquei sem você. Tanta proteção deu certo, afinal mandei pra bem longe o cara que eu queria que estivesse aqui, grudado em mim. Você falava e eu só ouvia aquela voz que ficava na minha cabeça dizendo que era tudo mentira. Você me procurava e eu só escutava meu coração se perguntando se haviam outras. Eu fiz tudo errado de tanto que eu queria que desse certo. Eu te mandei pra longe de tanto medo que eu tinha de você não querer ficar por perto. Eu perdi a pessoa que eu mais quero na vida, porque eu me assustei com a possibilidade dela não me querer depois. Em nenhum momento parei pra pensar que você simplesmente queria. Não precisava de motivos, você apenar queria me ver. Se eu pudesse, se desse, juro que eu voltaria atrás e voltaria a ser a garota que você conheceu. Juro que eu viveria sem os fantasmas na minha cabeça dizendo que era melhor não viver. Agora eu acredito em você. Agora eu sei que não tinha complicação nenhuma, a não ser na minha cabeça. Agora eu sei.
Como eu queria estar com você. Ir pra sua casa. Abraçar você. Beijar você. Deitar no seu braço e ficar brincando com o seu dedo. Deitar no seu braço e dormir com você rindo com aquele programa que nem tem tanta graça e bagunçando meu cabelo. Deitar no seu braço e ouvir você me contando sobre a novela e fazendo piada sobre o silicone da gostosona. Como eu queria olhar pra você denovo e me sentir protegida. Olhar pra você e dizer que você é tudo o que eu sempre procurei e por isso mesmo eu me defendi tanto. Por isso mesmo eu tive tanto medo. Eu esperei você por tanto tempo que quando você apareceu eu tive medo de não conseguir. Tive medo de você enjoar e ir embora. Tive medo de te ver indo embora e levar metade de mim junto. Pensei tanto no medo que eu tinha de você me deixar que acabei te mandando embora.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Odeio essa sensação de sentimento maior que eu. Não são muitas as vezes que isso acontece, mas quando acontece a única coisa que eu sei fazer é correr. Correr pra longe. Correr pro passado ou pular pro futuro. Correr. Por mais que eu queira ficar, por mais que eu queira viver o sentimento, experimentar, sujar.. Por mais que eu queira, não cabe em mim e se não cabe em mim sufoca. Ele é lindo. Chegou na hora certa e eu acho mesmo que era pra gente se encontrar. Sabe, simplesmente era pra ser. E foi. E tá sendo. Mas o sentimento só sabe crescer e minhas pernas já começam com aquela mania chata de se virar e se preparar pra correr. E eu me seguro. Retipo que não, dessa vez eu não vou correr. Você sai de perto por alguns minutos e meu coração dispara querendo saber onde está o seu. Minha mão fica inquieta querendo saber onde está a sua. Meu peito aperta imaginando se tem alguém deitada no seu. Seria insuportável se você não fosse a pessoa mais suportável do mundo. Eu quase morro de tanto que eu queria viver pra você. Aí você chega com esse sorriso de criança que não sabe ao certo o que está fazendo e só o que eu consigo é olhar, olhar, olhar.. Nossa, eu poderia passar a vida te olhando. Sem dizer nada, só olhando. Aí você vai embora e meu coração já se enche do sentimento maior que eu, descontrolado. E eu tenho vontade de sumir e nunca mais ser sua. E no fundo eu rezo pra que você não ligue pras minhas vontades de correr de você e nem pra minha mania de sempre achar que você está me enrolando. No fundo eu peço baixinho pra que você não acredite quando eu digo que não ligo. E mais no fundo, ali naquele lugar quentinho do coração, onde ficam os desejos mais sinceros, eu peço pra que Deus, por favor, me faça correr pra você toda vez que meu coração carente, minha mão inquieta e meu peito confuso resolver correr de você.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Isso não é um texto, isso é um desabafo. Isso não é um recado, é um vômito de revolta. Isso não é, definitivamente, uma indireta. De uns tempos pra cá venho percebendo uma mudança que eu não planejei, uma revolução aconteceu dentro de mim enquanto eu estava ocupada demais jogada na cama procurando desculpas pra indiferença dele. Passei bons meses com boas desculpas pra cada erro. Uma melhor que a outra, te juro. Ele nem precisava perder o precioso tempo dele se desculpando e tentando me enrolar, eu mesma fazia por ele e fazia muito bem feito. Ele não me procurou depois do beijo tão esperado e eu entendi. Tudo bem, ele tem o direito de não me procurar, eu já dei bastante mancada com ele mesmo. Ele se declarou pra outra e eu entendi. Tudo bem, eu também já fiz isso enquanto ele me procurava, ele tem esse direito também. Ele era amoroso quando bem entendia e é claro que ele estava no direito, afinal, nem todo dia estamos dispostos a tratar bem. Boba, boba, boba. Foi assim que passei meus meses, meus dias, meu ano. Perdida numa história sem pé nem cabeça. Amando um cara que nem consideração teve pra avisar que simplesmente não me queria mais. E aí, eu explodi. Foi chegando à noite e é nesse horario que a coisa fica realmente feia. A gente fica sozinha dentro da gente e não tem como fugir. O monstrinho do amor não correspondido está ali e não tem pra onde correr, ele vai junto. Pelo menos a noite inteira chorando por você, mergulhada na música "Tentei te esquecer" da Wanessa me fez acordar no dia seguinte com uma puta preguiça de você. Uma puta preguiça de continuar nessa história. E sabe? Você tem mesmo o direito de fazer tudo o que fez, mas eu também tenho o direito de não aceitar. Eu tenho o direito de me recusar a continuar batendo palmas enquanto você cospe em cada pedacinho meu que te amava, te esperava e te entendia. E eu tenho, acima de tudo, o direito de ser feliz. E desde aquela noite que eu não tenho mais tempo e nem saco pra chorar por você, pra arrumar desculpas e menos ainda pra te entender. Eu não preciso entender nada além disso: Ele simplesmente não quer. E te digo de todo coração que aceitar isso me fez bem. Pode parecer estranho, mas faz bem quando você finalmente para pra aceitar que ele apesar não te quer. É simples, não tem complicação. Ele não quer e você só precisa decidir se vai enxergar o seu valor e procurar alguém que te queira ou vai continuar aceitando migalhas quando ele estiver disposto. Só não coloque a culpa nele. Não estou dizendo que ele está limpo nessa história, só estou dizendo que o cara mostra quando é um idiota, ele dá todos os sinais.

sábado, janeiro 01, 2011

Só um sonho

Você tá aí, com novos planos e quem sabe com um novo amor. Mudou. Não sei mais o que te faz rir e nem se continua com aquela mania de gaguejar e se atrapalhar quando fica muito nervoso. Eu to aqui, com a mesma mania de rir desesperadamente quando fico nervosa e com medo do escuro. E sem um novo amor. Eu esperei você. Ah, como eu esperei. E Deus sabe que eu continuaria esperando se alguém, qualquer pessoa, até mesmo um desconhecido qualquer andando na rua me disesse que você voltaria. Mas ninguém nunca disse. Meu coração disse, mas ele também disse que você me amava, então, ele não conta. E eu continuei. Novos caras mas nenhum servia. Esse não dá porque é do meu tamanho e com salto eu ficaria maior, desculpa. Aquele é lindo, mas eu dei um corte logo na primeira conversa e ele nunca mais voltou. E assim vai. Sempre disfarçando minha espera com incompatibilidade. Sempre adiando qualquer relacionamento porque eu quero estar inteira pra quando você voltar. Eu não acreditava mais na sua volta, mas aí teve aquele sonho. Eu sonhei que estava curada de você e com muitos amigos ao redor, falei pra uma amiga que você não me quis e tinha ficado pra trás, e foi quando você apareceu com uma cesta de chocolates e disse pra eu te perdoar pela frieza toda de antes e que você, agora, me faria muito feliz. E eu perdoei. E a gente se beijou. E você foi embora. E eu acordei tendo duas certezas: Você voltaria e foi só um sonho.