quinta-feira, novembro 29, 2012

Nossa despedida...


Pena que amor não é tudo. Se fosse, pode ter certeza que ainda estaríamos juntos. Mas não é. Antes de tudo vem o respeito, a confiança. Sem esses dois relacionamento nenhum segue adiante. Eu te amo, eu te amei desde a primeira vez que te vi. Amei seu jeito, amei seu sorriso, amei sua voz... Desde a primeira vez eu tive certeza que você era a pessoa que eu estava esperando. Hoje eu tenho certeza que você era a pessoa. Um dia eu ouvi de alguém que alma gêmea não é pra vida toda, alma gêmea vem pra nos mostrar uma parte de nós mesmos que não conhecíamos, alma gêmea é forte demais, é intenso demais, não dá pra ser pra sempre, pra sempre pra alma gêmea é tempo demais. Você foi minha alma gêmea. Você veio pra me trazer de volta pra mim, pra me fazer ver que o amor maior, aquele que ultrapassa nosso orgulho, nosso egoísmo, nossa vaidade, aquele amor existe, é real. Mas também me mostrou que nem tudo que é real é pra ficar, é pra ser. Foi bom ter estado com você, foi uma honra ter sido sua namorada, fui feliz, fui triste, fui amada, fui completa. Te agradeço por ter vindo e permanecido comigo por um tempo, por ter me ensinado que mesmo as pessoas que amamos podem errar, e que insistir em perdoar as vezes não é amor, é medo.  Hoje vejo que prolonguei mais do que deveria nossa história, teria sido melhor colocar um fim antes. Não me arrependo do que vivemos, viveria novamente, sem dúvidas. Me arrependo de não ter respeitado meu limite. Achei que conseguiria seguir com você sem ficar remoendo erros passados, mas não consigo, não consegui. Continuo te amando, talvez ame pra sempre, mas não é amor pra ficar junto. Espero que encontre alguém que te faça feliz. Também espero que com esse alguém, você consiga ser leal e acima de tudo verdadeiro. Não são os erros que separam os casais, mas a falta de sinceridade depois. Fique bem, te amo...

domingo, junho 17, 2012

"Difícil é amar quem não está se amando"

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado. Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio. Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.

(Ana Jácomo)

sexta-feira, março 16, 2012

Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser. 

sábado, fevereiro 25, 2012

"Há uma razão pela qual eu disse que ia ser feliz sozinha. Não foi porque eu pensei que eu ia ser feliz sozinha. Foi porque eu pensei que se eu amasse alguém, e depois acabasse, talvez eu não conseguisse sobreviver. É mais fácil estar sozinha. Porque se você descobrir que precisa de amor e então você não tem? E se você gostar? E depender dele? E se você modelar a sua vida em torno dele, e então.. ele acaba? Você pode mesmo sobreviver a esse tipo de dor? Perder o amor é como perder um orgão, é como morrer. A única diferença é que a morte termina. E Isso? Isso, pode continuar para sempre."

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

"Não quero olhar para trás, lá na frente, e descobrir quilômetros de terreno baldio que eu não soube cultivar. Calhamaços de páginas em branco à espera de uma história que se parecesse comigo. Não quero perceber que, embora desejasse grande, amei pequeno." Ana Jácomo