quarta-feira, setembro 30, 2009

Você promete?


Nunca te achei bonito, nem interessante. Na verdade, eu nunca ao menos reparei em você. Apesar de estudarmos a anos na mesma escola, eu sequer sabia da sua existencia. Até uns meses atrás. Agora, não só sei da sua existencia, como estamos juntos. Não só estamos juntos, como eu estou acordada as 2:32 da madrugada só porque hoje você não me esperou e eu sou tão neorótica, que estou morrendo de medo de você me deixar!

Acostumei com você. Acostumei com seu cheiro. Acostumei com seu melhor abraço do mundo. Você me fez gostar denovo, me fez feliz. Está vendo? Já estou escrevendo no passado. Pelo simples fato de você não ter me esperado, eu já estou pirando achando que você me deixou. Até que dá pra entender, né? Isso já aconteceu antes, e com você eu queria muito que fosse diferente. Quero!

Sabe o que acabei de reparar? Que eu estou escrevendo na primeira pessoa. Eu. Nunca escrevi assim, na verdade, a maioria das vezes escrevia na terceira pessoa. Como se tivesse vendo a história de fora, como se o sentimento não fosse meu. Até nisso você me mudou. Agora, o sentimento é tão meu, que não da pra escrever na terceira pessoa, nem que eu quisesse. Agora, eu sinto tanto. Tanto! E o que mais sinto no momento, é vontade de arrancar todo esse sentimento. Esse sentimento de que a qualquer minuto eu vou te perder. Nunca te pedi nada, nadinha. Mas hoje, se eu pedir, você promete que não me larga? Não me larga nunca mais?

terça-feira, setembro 29, 2009


Se me perguntasse o que eu mais quero agora, concerteza eu diria: Liberdade! É isso que eu quero. Liberdade. Só isso. Liberdade pra fazer o que eu bem entender. Liberdade pra sair por aí colocar meu piercing no nariz, fazer 58 tatuagens e não ter que ouvir gente falar merda. Liberdade pra sair e chegar no horário que eu bem entender. Pra poder ter meus próprios gostos sem ouvir que eu estou errada. Pô, o gosto é meu, ninguém tem nada com isso, da pra me deixar em paz?

Não me importo se eu errar, pelo menos eu errei por mim. Prefiro mil vezes errar por ter feito algo que eu queria à acertar por fazer algo que me impusserão a fazer. Alisar, quero que vá a merda todas essas pessoas que fazem o que lhe é imposto e não o que pede o coração. Não consigo imaginar o que leva uma pessoa a viver assim, pelo que é certo e não pelo que faz o coração pular, a barriga gelar, as pernas tremerem. Eu não. Eu não quero isso pra mim. Eu quero - eu vou - sair pela porta de casa, ir pra um lugar que ainda não sei qual é, fazer coisas que ainda não sei quais serão porque cada hora tenho uma vontade. Mas eu sei, eu vou.

Ficou fácil


Agora é fácil. Com você eu to aprendendo que amar não é um bicho com 321 cabeças, que estar com alguém não é perder a liberdade, que ter alguém não significa me perder de mim. O que eu quero dizer é que hoje faz um mes que estamos juntos e eu to feliz da vida. Um mes é quase nada, eu sei, mas antes de você o máximo que eu consegui foi duas semanas, passava disso e eu não aguentava mais ver a cara do ser humano.

Nunca me imaginei com você, nunca passou pela minha cabeça que você, justo você, seria o cara que iria me fazer feliz, o cara que conseguiria me tirar daquela concha em que entrei e não conseguia e nem queria sair. Você não sabe que eu tinha pavor de relacionamento, não sabe que eu entrei em pânico só de pensar em gostar de alguém, mas me curou disso tudo.

Hoje, te olhando, só o que eu consegui fazer foi rir, rir e rir. Me senti uma boba, foi a primeira vez que eu fiquei olhando pra uma pessoa, só com vontade de continuar ali, olhando e sorrindo. Olhando e gravando em mim cara pedaço seu, cada movimento dos seus olhos, cada musculo que você movia ao sorrir enquando me via ali, na sua frente rindo apaixonada. E você me abraçou, e me apertou, e fez sentir a pessoa mais completa do mundo.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Depois que você se foi


Já fazia algum tempo que não nos viamos, até hoje. Nos vimos, e só. Você, que costumava passar a tarde toda sentado comigo em frente a minha casa, debaixo de um sol de matar, apenas pra conversarmos sobre coisas bobas. Você foi o único que sempre soube tudo a meu respeito. Conhecia desde o gosto do meu dedão do pé até a sensação de me fazer rodopiar no ar, quando eu te dizia que queria voar. Era você que eu abraçava quando sentia medo, era em você que eu encontrava a proteção que eu tanto queria, mesmo que na época eu não soubesse que tudo o que eu procurava estava do meu lado, o tempo todo. Me lembro de ter sido realmente feliz ao seu lado. Eu não sabia, mas eu era feliz quando andavamos por ai abraçados, quando você vinha falar comigo à toa e eu como boa idiota que sou, não dava importancia. Hoje, quando passamos um pelo outro como dois estranhos, foi que eu entendi o significado das suas palavras quando disse que estava aqui o tempo todo e só eu não conseguia ver. Hoje eu vejo, você teve que ir embora pra eu finalmente perceber o quando eu amava sua companhia, você!

terça-feira, setembro 01, 2009

Amar não se aprende


Já tem um bom tempo que eu desaprendi o que é o amor, o que é amar - se é que algum dia eu realmente soube o que era amar..

Eu quero que dê certo, mesmo não demonstrando, eu quero. Mas entenda, pra mim isso não é fácil. É tão difícil a idéia de ter alguém que me ame mesmo com todos esses defeitos. Eu nunca soube como fazer, como manter esse sentimento em mim, não sei amar, acho que é isso. Do modo que falo, passo a impressão de esta ser uma idéia natural pra mim, mas não é! É que agora, eu simplesmente aceito, não tem o que eu possa fazer, eu não sei e pronto. Isso não é uma coisa que se ensina, a gente nasce sabendo, ou não. No meu caso, eu nasci sem saber, o que já está obvio desde a primeira linha.