sexta-feira, maio 20, 2011

Olhando pra trás

Uma vontade tão grande de me aproximar, de voltar pra menina que eu era quando te conheci. Vontade de esticar o braço lá pra trás pra trazer de voltar a nossa hostória. Se é que eu posso chamar de "história". Vontade de voltar lá pra trás pra contar pra aquela menina que ela queria ficar com você. Porque eu quero. Eu só não sabia disso antes. Eu diria pra ela que você é lindo, que essa mania que ela tem de te ver como amigo, é bobagem. Diria que eu te encontrei a uns dias e que você está a coisa mais linda do mundo. Diria pra ela parar com isso de não te dar importancia e deixar de lado aquele garoto bobo que ela acha que é um principe. Diria que eu encontrei esse garoto bobo e que ele continua o mesmo bobo, anos depois e ele ainda é só um garoto que se dá importancia demais. Eu daria um chacoalhão nela e faria ela fazer a história valer a pena, pra que, no futuro -agora!!- a gente possa estar juntos! Eu pediria de joelhos, porque sei o quanto ela é teimosa, pra que ela acorde pra vida enquanto ainda tem tempo. Alertaria que depois, lá no futuro, ela vai se arrepender caso deixe passar em braco. Juro, se eu pudesse, eu volaria lá atrás só pra te dar importancia. Só pra tentar continuar essa história que teve começo, um começo bem desajeitado, mas um começo. Mas menina é boba, não é? Menina sonha demais e não olha pros lados. Deixa passar, deixa pra lá.

segunda-feira, maio 16, 2011

Planejar

Mas as coisas nem sempre saem como planejamos, ou então você ainda estaria aqui comigo. Planejar não é garantia de que vá dar certo, é só um jeito que as pessoas arrumam pra se proteger do inesperado. É só um jeito de perder uma boa parte do tempo que se tem.

quarta-feira, maio 11, 2011

>> Caio Fernando Abreu, autor.

Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento. Por que não? Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas. Talvez, ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez, ele volte. Ou não.