Por mais que eu quisesse e tentasse, nunca consegui me desligar de ninguém. Até consegui. Mas não a ponto de me esquecer desse alguém. Sempre fica um pedaço. Uma marca. Um resto de sentimento, um resto de não-sentimento.. A uns dias eu dei pra ficar pensando em algumas pessoas que passaram pela minha vida e não permaneceram. Algumas porque tiveram que partir, outras porque eu me encareguei de tirar - algumas até sem querer - da minha vida, e o restante foi por simplesmente não querer permanecer mesmo. Me lembrei que cada uma delas me ensinou alguma coisa.
Teve aquele que foi o meu primeiro amor. Ele me ensinou que quando se ama, você deve apenas amar mesmo. Sem regras. Sem jogos. Apenas ame e se deixe guiar pelo coração. No final das contas, vai ficar tudo bem. Teve aquele amigo que era o melhor. Ele me ensinou que devemos dar valor enquanto a pessoa esta ao lado, pois, quando ela se for pode esquecer o caminho da volta - ele se esqueceu. Tiveram aquelas amigas, que eram minhas companheiras. Me ensinaram que quando se é leal, sempre vai ter alguém do lado pra te segurar quando você achar que vai cair. E teve ele. Ele é aquele cara que você acha que nunca vai olhar pra você. Mas ele olhou. Olhou pra mim e me fez ver o quanto eu posso valer a pena. Me ajudou a ser uma pessoa melhor. Mais segura. Mais centrada. Mais mulher.
Mas, de todos esses, o que mais me faz pensar e sentir a perna bambear, é você. Você que nunca me ensinou nada. Você, que eu não sei sequer de qual cor mais gosta, que comida escolhe e que humor acorda. Você que eu nunca conversei por mais de uma hora. Você que foi o cara mais filho da mãe que passou pela minha vida e que, concerteza, não lembra nem meu sobrenome.
Agora me diz, pra que ser tão estúpida?