sábado, agosto 07, 2010

Ele passa do meu lado e nada. Nem um esbarãozinho, nada. Ah, mas claro que ele olho de canto, não olho? Não, nada! Nada? Nadinha! Dois anos tentando me ganhar e agora que pinta uma chance daquelas ele nada. Volto pra casa arrazada. Coloco o pijama mais surrado pra fazer compania pra minha auto-estima que a essa altura ja está mais surrada que meu pijama. Tres potes de sorvete pra não pensar mais e nem meu gato que é gordo e peludo aguenta mais. Até ele ja sabe que o fulano, nada, nadinha! A noite que prometia só serviu pra me mostrar que ja que eu sou louca e birrententa, ele também pode ser. Minha melhor amiga me liga animada e pergunta: e ele, nada? Nada! E você, nada também? Eu, como assim? Eu fiz o de sempre. Passei do lado dele, mas não olhei. Nem um esbarãozinho e mesmo querendo não olhei de canto. Ah, fez igual ele? Não, eu fiz primeiro. Ah, eu sabia! É sempre você, o nada. Eu? É! Desligo o telefone pra não perder minha melhor amiga, entro no msn e ele diz "preciso de você agora, da pra parar com esse seu nada eterno?" Fico estática na frente de computador. Eu, pela primeira vez na vida percebo que se a pessoa para de dar a cara a tapa, não é por falta de querer e sim foi pouca vontade de levar mais tapas. Tiro meu pijama surrado e me prometo que, agora, eu, eu TUDO! E ele? Ah, ele sempre foi tudo, eu que era um grande e tosco nada!

Nenhum comentário: